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Ana Lucia Mariz, Artur Lescher, Claudio Machado, Elizabeth Lee, Fausto Chermont, Hilton Ribeiro, Iatã Cannabrava, Kenji Ota, Marcelo Lerner, Neide Jallageas, Patricia Yamamoto, Paulo Angerami, Penna Prearo, Ricardo de Vicq, Roger Sassaki, Rosa Gauditano, Silvio Dworecki, Vania Toledo, Zé di Boni

Raros, Vintages e Inéditos

Concepção: Fausto Chermont

Raros, Vintages e Inéditos
Em cartaz de 

É Tudo História!


No campo das artes visuais existe, aparentemente, um sentimento de idílio libidinoso: potências, liberdades e realizações sem fim. A fotografia, entretanto, com o incremento microeletrônico e o advento das mídias digitais – com suas facilidades e conveniências e também por um inegável avanço qualitativo – vive um momento de consolidação de um novo modo de produção, momento em que se instaura uma dicotomia entre a produção eminentemente artesanal e histórica e os novos métodos de produção automatizados, possibilitados pela tecnologia digital. Essa evolução se encontra, contudo, relativizada entre o propósito de mera reprodução técnica e o da real expansão dos conteúdos da representação fotográfica.


Quais as reais consequências desse embate? Espero continuar vivo para responder.


Se observarmos o período histórico imediatamente anterior ao atual, a partir dos anos 1960, percebemos que a consolidação da fotografia físico-química, preta e branca, seguida pela massificação da fotografia colorida nas revistas ilustradas, produziu um grande avanço técnico-estético-industrial, preconizando a evolução da cultura de massa, que culminou, na televisão, com o conceito de aldeia global, hoje exacerbado (descontrolado?) na internet, nas mídias sociais e na eminente interatividade imediata. Nesse contexto, o tempo tornou-se o bem mais precioso, e o caráter artesanal das artes passou a ter seus processos produtivos substituídos por máquinas que potencializam e, em certos casos, automatizam esses processos, ampliando a capacidade humana de realizar tarefas, construir objetos e, por fim, fazer arte.


Mas o que foi feito do legado manufaturado dos objetos transformados pela mão do homem e que carregam o caráter do uno, do raro, do irreproduzível? Da Foto-objeto, em metais raros como a platina e o paládio, viragens em ouro e selênio sobre o sal de prata, ou o charme da goma bicromatada e do cibachrome? Papel artesanal? Ambrótipo?


Colocados lado a lado, a produção imediatamente contemporânea dialoga intensamente com o passado das sombras nas cavernas queimadas, essas que hoje são projetadas sobre telas de Amoled – active-matrix organic light-emitting diode (o nome, em realidade, pouco importa, pois amanhã já poderá ser outro...)

É disso que a exposição “Raros Vintages & Inéditos - Itinerâncias” trata: a primeira experiência de viajar com esse projeto de valorização da produção nacional numa revisita técnica, tecnológica e estética, do que foi produzido entre os anos de 1970 e hoje. Com 23 fotógrafos da quase centena de participantes das três edições, os autores vivem essa transformação e estão contando essa história hoje, agora.

Fausto Chermont

Outono de 2018

FICHA TECNICA

CONCEPÇÃO Fausto Chermont

PRODUÇÃO Christiane de Vicq e Celisa Beraldo

DIREÇÃO DE ARTE Ricardo Tilkian

IMPRESSÃO EM PRATA João Salgado (11_996.251.028)

IMPRESSÃO DIGITAL giclê fineart print

 

Agradecimentos

VOTUPOCA MOLDUCENTER PONTO&MEIO NONSENSE STUDIO

Agradecimento especial a R.B.P. e D.J.P.

 

REALIZAÇÃO Câmera Lúcida e XI Festival Hercule Florence de Fotografia

Fausto Chermont

 

Fotógrafo. Faz cursos básicos de fotografia e Super-8 na Escola Vocacional Luis Antonio Machado, entre 1973 e 1974. Gradua-se em administração de empresas pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo - PUC/SP, onde integra um grupo de estudo de fotografia formado por estudantes das faculdades de administração, antropologia, história e jornalismo. Entre 1981 - ano em que começa a trabalhar como fotógrafo profissional - e 1986, estuda na Escola Focus de Fotografia, e é aluno de João Luiz Musa (1951). Abre o laboratório profissional Os Vesgo, com Luigi Stavale, em 1983. No ano seguinte torna-se assistente de Vania Toledo (1946). Funda em 1987 o Nonsense Studio de São Paulo, com Mark James Timoner, especializado em fotografia comercial. É diretor da União dos Fotógrafos do Estado de São Paulo entre 1988 e 1991. Em 1991, com Rubens Fernandes Júnior (1951), Roseli Nakagawa (1954) e Nair Benedicto (1940), funda o Núcleo de Amigos da Fotografia - NAFoto, no qual tem intensa participação como coordenador das conferências, seminários e workshops e curador de exposições em diversas edições do Mês Internacional da Fotografia. Recebe prêmios da Associação Paulista de Críticos de Arte - APCA, em 1994 e 1998. De 1993 a 2003 coordena projetos de fotografia e novas tecnologias no Museu da Imagem e do Som de São Paulo - MIS/SP. É destacado com menção honrosa no Prêmio Porto Seguro de Fotografia, em 2003.

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